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Mostrando postagens de junho, 2017

Moinho Cultural e Ipedi desenvolvem projeto na fronteira Brasil-Bolívia

O projeto Construindo Pontes Interculturais na Fronteira Brasil-Bolívia, criado pela parceria entre o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC), de Corumbá, e o Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi), de Miranda, foi selecionado e será patrocinado pela associação Brazil Foundation.  A iniciativa irá realizar atividades em Corumbá e em Miranda para compartilhar experiências e informações sobre o trabalho intercultural. O Moinho Cultural desenvolve atividades com crianças e adolescentes brasileiras e bolivianas. O Ipedi realiza projetos, atualmente, com comunidades indígenas e pescadores ribeirinhos. “O objetivo da parceria com o Moinho é trocar experiências e informações, metodologias de como trabalhar com públicos de culturas diferentes e, desse modo, melhorarmos nossos próprios projetos”, explica a presidente do Ipedi, a pós-doutora em linguística Denise Silva. Entre os resultados esperados, as organizações buscarão criar formas que possam aumentar o engajam

Projeto oferece oficinas culturais para crianças indígenas

Uma cultura que esta morrendo com a língua, que só é falada pelos mais velhos. Costumes que estão sendo esquecidos; conhecimentos da natureza que não estão sendo repassados dos mais velhos para as gerações mais novas e que, por isso, vão desaparecendo à medida que os anciãos da comunidade falecem. Nas aldeias indígenas da etnia terena, no município de Miranda, localizado no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a pressão do contato com o “homem branco”, que trouxe consigo a influência de outras religiões e práticas culturais diversas fez com que aquela população indígena, uma das maiores do Brasil, vivesse uma situação em que sua identidade cultural corre risco. Mas este quadro está mudando. As próprias gerações mais jovens perceberam a necessidade de garantir a sobrevivência da cultura, para se afirmarem como comunidade. É neste quadro que surgiu o projeto Sons da Aldeia, uma iniciativa de professores da aldeia Babaçú patrocinada pela associação Brazil Foundation e sob mentoria do Instit

Na Semana do Meio Ambiente, projeto fortalece relação das crianças com a natureza

São cerca de 250 mil metros quadrados, englobando terras de três países diferentes, formando a maior planície alagável do planeta. Considerado Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura).  Um dos mais ricos ecossistemas do Brasil, possui vasta variedade de espécies de plantas e animais. Jacarés, capivaras, ariranhas, peixes diversos (263 espécies diferentes catalogadas até agora), ariranhas, onças-pintadas, veado-campeiro são algumas das espécies que vivem num cenário formado de vegetação gramínea nas planícies, pequenos arbustos e vegetação rasteira nas áreas intermediárias e, nas regiões mais altas, árvores de grande porte. Bem-vindo ao Pantanal. Bem-vindo especialmente a Mato Grosso do Sul (MS), estado brasileiro que abriga cerca de 80% da área do Pantanal que se estende ainda pelo estado vizinho de Mato Grosso e pelos países fronteiriços Bolívia e Paraguai. Abrigando todo este patrimônio ecológ

Projeto mobiliza comunidade no resgate da cultura indígena

Daquelas iniciativas que começam tímidas e vão ganhando força, crescendo e se fortalecendo a ponto de mudar o comportamento de toda uma comunidade. É o que aconteceu com o projeto social Cultura e Identidade Terena que tem mentoria do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultura (Ipedi) e visa resgatar junto a crianças indígenas terena de Miranda, no Mato Grosso do Sul, saberes tradicionais que estavam se perdendo. O projeto chega ao seu segundo ano de atividades nas aldeias Moreira e Passarinho, mobilizando não apenas as crianças. “Então eu tenho isso por mim que depois que a minha filha começou a participar deste projeto eu comecei também a me influenciar nesse meio, ajudando ela nos artesanatos, ajudando ela a confeccionar as roupas que ela mesma usa. Então isso é muito importante para nós como pais”, conta a mãe indígena Zylene Moreira da Silva, mãe da  pequena Tauane, de oito anos. Hoje pais ajudam a as crianças a catar sementes para a produção de artesanatos nas ativida

Depoimento: Zylene é mãe de uma das crianças beneficiadas pelo projeto Cultura e Identidade Terena, realizado nas aldeias Moreira e Passarinho

“Meu nome é Zylene Moreira da Silva. Eu sou mãe da aluna Tauane Moreira da Silva que participou do projeto no ano passado, que foi um sucesso e vai participar novamente este ano porque o projeto, ele é muito importante para nossos alunos, para minhas filhas, porque... pela valorização da nossa cultura, pela valorização dos trajes indígenas, pela valorização dos nossos artesanatos. Isso é muito importante porque brota no coração das nossas crianças... eu tenho isso com a minha filha, que depois do projeto ela começou a valorizar muito mais a nossa cultura, a cultura terena. E isso também influencia nos pais. Influencia muito nos pais a ajudar elas nos artesanatos nas pinturas, nos grafismos. Isso é muito importante para nossas crianças porque também brota no coração dos pais, no coração dos avós, no coração às vezes do irmão que às vezes não se interessa, as vezes de algum coleguinha que não dê muita importância para nossa cultura. Então eu tenho isso por mim que depois que ela começou

Ela e pescadora, ribeirinha e está realizando o sonho de aprender a ler e escrever

Dona Nilza, ao lado do pai, o seu Joaquim: a família começa a realizar o sonho de aprender a ler e a escrever NILZA BANDEIRA ZWICKER –   Meu nome é Nilza Bandeira Zwicker, eu sou pescadora profissional  e estou participando do Barco de Letras e estou muito emocionada, porque eu precisava muito, porque a gente quer aprender a fazer uma continha, escrever o nome e... a gente não consegue, então com esse projeto vai ser muito importante na minha vida na do meu esposo também ele nem assina o nome dele direito. Então na minha família isso vai ser muito importante, vai ajudar muito a gente. Eu fiquei muito feliz quando eu soube que a gente ia ter aulas, pra poder aprender mais um pouco e poder se instruir melhor né, eu achei muito bom. IPEDI – O que é que aprender a ler vai mudar na sua vida, no seu dia-a-dia, na sua vida prática? NILZA – Ah, vai mudar muito porque a gente quer ler uma receita de remédio, você não pode, você quer fazer uma continha de um peixe, você não pode, v

"It's like if we're blind in the world"

Nilza Bandeira is a family fisherman known throughout Miranda, a municipality in the Pantanal of Mato Grosso do Sul. Traditional fishermen from the Miranda River, the family of Mrs. Nilza knows the trick of the Pantanal rivers. And she lead life there as the "high" and "low" waters of the rivers of the Paraguay basin. And in these comings and goings of the river and life, Mrs. Nilza had to leave much for later. Going to school was one of them. Mrs. Nilza can not read. And not know how to read is very difficult these days. Can you imagine what it's like? Mrs. Nilza tries to explain: "It is like if we are blind in the world," she describes. We talked to Mrs. Nilza in a room at the headquarters of Fishermen's Colony Z-5 on the cold night of Friday, June 2. While I hear her tell her story, in the space next to her are her friends, family, acquaintances. All artisanal fishermen who take from the rivers of the Pantanal the sustenance of their rive

“É como se a gente estivesse cego no mundo”

Vem do Pantanal a história do projeto que ensina  pescadores ribeirinhos a ler e a escrever Parte dos alunos, com a professora Janete e equipe do Ipedi: mobilização vai levar o projeto também para distrito longe da área urbana  cidade. Com a frase de Paulo Freire, a professora Janete busca inspiração para o desafio de ensinar a ler e a escrever pescadores ribeirinhos. “Os ribeirinhos são muito carentes na área da educação”, diz a professor Janete (à esquerda). A sede da Colônia de Pescadores serve como espaço de  sala de aula, um lugar familiar que facilita o processo de aprendizagem. Ao centro, dona Nilza, que celebra: “estou muito emocionada, porque eu precisava muito, porque a gente quer aprender a fazer uma continha, escrever o nome e... a gente não consegue, então com esse projeto vai ser muito importante na minha vida”.  A dona Nilza Bandeira é pescadora de família conhecida em toda região de Miranda, município do Pantanal de Mato Grosso do Su