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Mostrando postagens de abril, 2018

Alunos do Barco de Letras se inscrevem no Encceja

Dona Francisca, dona Conceição e dona Helena, pescadoras ribeirinhas que participam do Barco de Letras e, com acompanhamento da coordenadora do projeto, Janete Correia, fazem a inscrição para obter certificação do Ensino Fundamental. No começo o sonho era só aprender a ler e escrever o básico. Mas a paixão pelo saber foi tanta que um grupo de alunos do projeto Barco de Letras decidiu ir além e está se inscrevendo para participar do Encceja Nacional (Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos). O exame é indicado para quem não concluiu os estudos no tempo regular poder tirar o certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio. O Barco de Letras é o projeto que, sob mentoria do Ipedi e patrocínio da Brazil Foundation, oferece alfabetização para pescadores ribeirinhos do Pantanal do Rio Miranda.

Crianças indígenas de aldeia terena voltam a praticar ritos e danças tradicionais esquecidos

Crianças que não conhecem cantos e instrumentos tradicionais; que não praticam ritos tradicionais. Ritos e danças tradicionais fadados a desaparecer com os anciãos à medida em que estes vão, pouco a pouco, falecendo. Não é mais este o cenário que encontramos na aldeia indígena terena Babaçú, no município de Miranda, no Pntanal de Mato Grosso do Sul. A aldeia é exemplo de que a união e o trabalho em conjunto podem promover a verdadeira transformação da comunidade. Lá, na Babaçú, em 2016 e 2017 o Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) foi mentor do projeto Sons da Aldeia, uma iniciativa comunitária que, com patrocínio da associação Brazil Foundation, desenvolveu atividades relacionadas ao resgate da cultura tradicional indígena terena junto a alunos da escola local. Os resultados do trabalho são sentidos quando se verifica que atos rituais que já não faziam mais parte do dia-a-dia das crianças tenham voltado a ser realizados, tais como o batism

Livro bilíngue, português-terena, traz fabulas e desenhos feitos por crianças índias e não-índias

O Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) estão fazendo a edição do livro infantil Fábulas de Esopo em Terras Terena, numa publicação bilíngue, em português e na língua materna da etnia indígena terena, que responde por quase um terço da população do município de Miranda, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul. As fábulas de Esopo são um grupo de fábulas creditadas ao grego Esopo, um escravo contador de historias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo se tornou um termo branco para coleção de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personificados. Atualmente as fábulas se tornaram uma chance popular para educação moral de crianças. As Fábulas de Esopo em Terras Terena trazem contos e fábulas conhecidos e locais, escritas e ilustradas pelos alunos das escolas municipais, estaduais, privadas, indígenas e não-indígenas de Miranda, num trabalho que promoveu o intercâmbio de culturas. “O livr

Ipedi e Unesp produzem livro infantil bilíngue terena-português

A publicação é especial não apenas pelo seu caráter bilíngue que proporciona ferramentas educacionais para o resgate da cultura e da identidade de uma nação indígena. o livro é diferente porque, exatamente, respeita as diferenças e foi produzido assim. Por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação em 2016, em parceria com o Ipedi, foi realizado um concurso de desenhos, que envolveu alunos de todas as escolas de Miran da: públicas e particulares, urbanas e rurais. Os vencedores ilustraram as páginas do livro que estão, portanto, carregadas de todo o desprendimento das crianças que participaram do processo e tiveram contato, muitos pela primeira vez, com uma cultura que está aqui em Miranda, tão perto deles, mas ao mesmo tempo tão levada para longe por todo o preconceito que permeia o mundo dos adultos. Estamos produzindo uma obra doce. De criança, para criança. Pura, simples e deliciosa como tem que ser a infância.

Ipedi trabalha com parceiros para melhorar e ampliar projetos

Com a ampliação do leque de atuação graças ao sucesso dos projetos desenvolvidos, o Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) passa por um importante processo de crescimento institucional. “Estamos expandindo, mas com responsabilidade e comprometimento, com o apoio de parceiros importantes”, afirma a presidente do instituto, pós-doutora em linguística, Denise Silva. Neste ano o instituto tocará diversos projetos em várias frentes, sempre ligadas à educação. A preocupação da equipe é garantir o sucesso dessas atuações para fortalecer o instituto e, acima de tudo, de fato fazer a diferença nas vidas das pessoas.   Por isso, além da parceria histórica com a BrazilFoundation (associação que arrecada recursos e financia projetos sociais no país e é um dos patrocinadores do Ipedi), o instituto passou a contar com a consultoria do Instituto Yunus, referência mundial no terceiro setor da economia, tudo para garantir a profissionalização das atividades desenvolvidas e que

Ipedi participa de especialização da Uems

A experiência do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) no desenvolvimento de projetos educacionais é a base de uma das disciplinas da Especialização Lato Sensu   em Lingua e CulturaTerena, realizado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e que tem como alunos, professores indígenas de diversos municípios de MS. O trabalho de ensinar aos professores indígenas sobre todo o trabalho desenvolvido pelo Ipedi nas aldeias terenas da região de Miranda, MS, está a cargo da presidente do instituto, professora doutora em Linguística, Denise Silva. Ela ministra a disciplina de Lexicologia e Lexigrafia. O curso acontece com encontros periódicos, o mais recente ocorreu no dia 30 de março, na aldeia Limão Verde, em Aquidauana, MS. “Estar neste trabalho é gratificante, principalmente por podermos compartilhar o aprendizado de anos de pesquisa junto às comunidades indígenas. O que oferecemos a eles é a devolutiva de pesquisas que garantiram que tivéssemos suc

Espaço cultural indígena completa um ano de funcionamento

A Oca Cultural Professor Nilo Delfino completou um ano de atividades no início de março. O espaço foi construído pelo projeto Sons da Aldeia, da aldeia Babaçú, uma iniciativa comunitária que oferece atividades de resgate da cultura indígena terena. O Sons da Aldeia tem mentoria do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) e é patrocinado pela associação Brazil Foundation, por meio do Prêmio de Inovação Comunitária – Outra Parada, e funciona desde 2016. A oca surgiu quando as atividades do Sons da Aldeia passaram a necessitar de um espaço estruturado. Assim, sob a orientação do Ipedi, a equipe do Sons da Aldeia inscreveu-se no concurso de cultura indígena do Ministério da Cultura (MinC), foi premiada e contemplada com recursos que garantiram a aquisição do material de construção. A mão de obra foi voluntária, de moradores da própria aldeia. No espaço são desenvolvidas atividades educacionais, com estudantes e professores da escola, além de reuniões e encontros com