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COMO OS POVOS INDÍGENAS ESTÃO ENFRENTANDO PANDEMIA?

Aqui, no Pantanal de Mato Grosso do Sul temos a segunda maior população indígena do Brasil – ficamos atrás apenas da Amazônia.

Mais precisamente no município de Miranda, em que o Ipedi está sediado, temos uma população de quase nove mil indígenas vivendo em 8 aldeias.

Por iniciativa das próprias lideranças desde a semana passada, há aldeias com portões fechados para impedir que entrem visitantes que possam, porventura, levar o vírus para dentro das comunidades.

Em especial entre os terena há uma incidência muito alta de diabetes – uma das doenças pré-existentes que podem agravar os impactos da COVID-19 nos pacientes.

Estamos buscando formas de apoiar as comunidades com as quais lidamos, especialmente neste momento de crise. Nossa primeira providência é propiciar canais de comunicação e disseminação de informações para estas comunidades.

Estamos em contato direto, por meios eletrônicos, com as aldeias de Miranda, caciques, professores lideranças. Evitando o contato físico e usando a internet, vamos trazer aqui relatos, levar informações, orientações, chamar a atenção para as consequências do coronavírusos entre os povos indígenas.

Nesta primeira postagem, trazemos uma conversa com representantes do Polo-base da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) de Miranda. A Sesai é o braço do governo federal para atender especialmente aos povos indígenas. Confira o vídeo.

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