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Equipe da Natura esteve em Miranda e conheceu de perto Barco de Letras, projeto premiado

Uma equipe de representantes do Prêmio Acolher, da Natura, esteve em Miranda, cidade que fica a 210 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, no sábado, 11, para conhecer de perto o projeto Barco de Letras que oferece alfabetização a pescadores ribeirinhos da região do Pantanal.
Amanda Letícia Brandão e Jean Marcel acompanharam a rotina de aulas dos alunos do projeto e registraram entrevistas e depoimentos para a produção de vídeos e reportagens sobre o projeto.
O Barco de Letras é um dos classificados pelo Prêmio Acolher – Movimento Natura 2017. Junto a outras nove iniciativas sociais de todo o país, o Barco de Letras receberá apoio financeiro para a gestão e continuidade do projeto. Além disso, caso vença a votação popular que vai até o dia 15 de novembro, o Barco de Letras receberá um bônus financeiro para ser reaplicado na alfabetização dos pescadores. “Em comum acordo com os pescadores atendidos e a equipe do projeto, que é coordenado pela professora Janete Correa, iremos utilizar os recursos para a construção de um material didático específico para os pescadores ribeirinhos a serem alfabetizados para que, desse modo, potencializemos o resultado da alfabetização”, explica a presidente do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi), instituição responsável pelo Barco de Letras, Denise Silva.
A equipe da Natura visitou as atividades do grupo de alunos de Salobra, que faz as aulas sediadas na casa do senhor Ênio Samuel – pescador e também aluno do projeto. O grupo conheceu o dia-a-dia dos pescadores e como essa lida diária influencia a organização do Barco de Letras, que se adapta aos horários disponíveis dos alunos. “Adaptamos os horários e a regularidade das aulas, para garantir que não haja evasão. Assim, respeitamos o tempo deles, sem, contudo, deixarmos de demonstrar a importância de terem compromisso com as tarefas que eles levam e com a frequência às aulas. É uma forma diferenciada de fazer e que deu muito certo”, afirma a historiadora Janete Correa, alfabetizadora e uma das idealizadoras do Barco de Letras.
O grupo de alunos que reside na área urbana e que frequenta as aulas na sede da Colônia de Pescadores também recebeu a visita da equipe da Natura. Lá ouviram depoimentos de alunos e a garantia de que a classe de pescadores está empenhada em fortalecer o Barco de Letras.
“Nós temos prazer em sermos parceiros do projeto”, afirmou o presidente da Colônia de Pescadores, João Batista da Silva.
Amanda Letícia e Jean Marcel, da Natura, coletaram depoimento da presidente do Ipedi, Denise Silva, às margens do Rio Miranda.

A aula da professora Janete em Salobra foi matéria-prima para coleta de imagens em áudio e vídeo que vão compor material de divulgação dos projetos premiados pelo Movimento Natura.

O fotógrafo Luciano Justiniano também acompanhou o dia de registros, em Salobra.

Na Colônia de Pescadores, para atender os alunos da área urbana, a equipe da Natura aproveitou para registrar uma das reuniões de mentoria entre a coordenadora do projeto, Janete Correa e a presidente do Ipedi, Denise Silva.

“Nós temos prazer em sermos parceiros do projeto”, afirmou o presidente da Colônia de Pescadores, João Batista da Silva (primeira da dir. p/ esq.), a um dos grupos de alunos que se reuniu na Colônia para receber a equipe da Natura.

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