PROFESSORA INDÍGENA QUE FAZ PROJETOS NO IPEDI ESTAMPA CAPAZ DO JORNAL ESPANHOL EL PAÍS , UM DOS MAIS INFLUENTES DO MUNDO
A professora indígena terena Evanilda Rodrigues, uma das lideranças indígenas terena que desenvolve projetos com o Ipedi (Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural) estampou as páginas do jornal espanhol El Pais – o principal jornal da Espanha e um dos mais importantes do mundo.
O jornal traz um perfil da professora indígena, que participou da manifestação Acampamento Terra Livre, que ocorre anualmente em abril, em Brasília e busca chamar a atenção das autoridades para causas sensíveis ao bem-estar de povos indígenas brasileiros.
Na publicação, Evanilda enfatizou o que ela classificou como o anseio mais urgente das mulheres terena de Mato Grosso do Sul.
"Sou professora, pedagoga e coordenadora do movimento de mulheres indígenas do Mato Grosso do Sul. Como mulher, posso dizer que a saúde é a nossa pauta mais importante. As mães ficam em casa, porque precisam cuidar dos filhos doentes. Por isso estamos aqui. Só que com esse governo não tem conversa. Dizem que os terena têm mais coragem, mas não é coragem, é necessidade", declarou Evanilda à repórter Marina Rossi, do El Pais.
No retorno, contente com a força que o movimento indígena adquiriu com o evento, Evanilda faz questão de destacar a luta das mulheres indígenas. “Representar as mulheres indígenas é pra mim um papel fundamental. Todas nós, mulheres, buscamos os direitos de igualdade a todas”, diz Evanilda
CONHEÇA A HISTORIA DA EVANILDA, UMA DAS GRANDES LIDERANÇAS INDÍGENAS FEMININAS DO BRASIL
Evanilda Rodrigues, ou Evanilda Terena, traz no sorriso as marcas de uma mulher que se transformou e que mudou a história – sua pessoal – e também de sua comunidade.
Indígena terena, ela conta que demorou para reconhecer sua identidade étnica. Por ter vivido longo tempo fora da aldeia, distante de costumes e saberes tradicionais, tinha dificuldade em se reconhecer como indígena.
Sua história mudou quando, num movimento de retorno, Evanilda tornou-se professora da escola de sua comunidade e participou do projeto Kalivono, realizado pelo Ipedi. No projeto, Evanilda discutiu seu papel de educadora, aprendeu a reconhecer os costumes de seu povo e a importância de que saberes tradicionais como a língua fossem revitalizados para fortalecer a identidade de crianças que, como ela própria, tinham dificuldade de sentirem-se parte de um povo.
Foi um processo de transformação. Hoje, Evanilda é outra mulher. Criou um grupo de dança indígena com meninas de sua aldeia. Por três anos consecutivos teve um projeto de resgate cultural aprovados e financiados pela organização Brazil Foundation, uma das mais importantes organizações financiadoras do terceiro setor no Brasil. Recentemente iniciou o Projeto Tramas, que ensina artesanato indígena a um grupo de crianças das aldeias Moreira e Passarinho, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Hoje, Evanilda integra organizações indígenas de extrema importância para seu povo. Já viajou para o exterior representando mulheres indígenas. Uma atividade que ela realiza com conhecimento de causa.
O jornal traz um perfil da professora indígena, que participou da manifestação Acampamento Terra Livre, que ocorre anualmente em abril, em Brasília e busca chamar a atenção das autoridades para causas sensíveis ao bem-estar de povos indígenas brasileiros.
Na publicação, Evanilda enfatizou o que ela classificou como o anseio mais urgente das mulheres terena de Mato Grosso do Sul.
"Sou professora, pedagoga e coordenadora do movimento de mulheres indígenas do Mato Grosso do Sul. Como mulher, posso dizer que a saúde é a nossa pauta mais importante. As mães ficam em casa, porque precisam cuidar dos filhos doentes. Por isso estamos aqui. Só que com esse governo não tem conversa. Dizem que os terena têm mais coragem, mas não é coragem, é necessidade", declarou Evanilda à repórter Marina Rossi, do El Pais.
No retorno, contente com a força que o movimento indígena adquiriu com o evento, Evanilda faz questão de destacar a luta das mulheres indígenas. “Representar as mulheres indígenas é pra mim um papel fundamental. Todas nós, mulheres, buscamos os direitos de igualdade a todas”, diz Evanilda
CONHEÇA A HISTORIA DA EVANILDA, UMA DAS GRANDES LIDERANÇAS INDÍGENAS FEMININAS DO BRASIL
Evanilda Rodrigues, ou Evanilda Terena, traz no sorriso as marcas de uma mulher que se transformou e que mudou a história – sua pessoal – e também de sua comunidade.
Indígena terena, ela conta que demorou para reconhecer sua identidade étnica. Por ter vivido longo tempo fora da aldeia, distante de costumes e saberes tradicionais, tinha dificuldade em se reconhecer como indígena.
Sua história mudou quando, num movimento de retorno, Evanilda tornou-se professora da escola de sua comunidade e participou do projeto Kalivono, realizado pelo Ipedi. No projeto, Evanilda discutiu seu papel de educadora, aprendeu a reconhecer os costumes de seu povo e a importância de que saberes tradicionais como a língua fossem revitalizados para fortalecer a identidade de crianças que, como ela própria, tinham dificuldade de sentirem-se parte de um povo.
Foi um processo de transformação. Hoje, Evanilda é outra mulher. Criou um grupo de dança indígena com meninas de sua aldeia. Por três anos consecutivos teve um projeto de resgate cultural aprovados e financiados pela organização Brazil Foundation, uma das mais importantes organizações financiadoras do terceiro setor no Brasil. Recentemente iniciou o Projeto Tramas, que ensina artesanato indígena a um grupo de crianças das aldeias Moreira e Passarinho, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Hoje, Evanilda integra organizações indígenas de extrema importância para seu povo. Já viajou para o exterior representando mulheres indígenas. Uma atividade que ela realiza com conhecimento de causa.
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