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COM PIRACEMA, PROJETO BARCO DE LETRAS RETOMA AULAS REGULARES

Com o início do período de defeso que preserva a piracema, a pesca nos rios do Pantanal está proibida e a atividade econômica de pescadores ribeirinhos da região fica temporariamente suspensa.
Aproveitando este período em que os pescadores não ficam ausentes dias a fio em busca de pescado Pantanal adentro, o projeto Barco de Letras, de alfabetização de pescadores ribeirinhos, retomou as aulas regulares com a presença de todos os alunos contemplados pela iniciativa.

Normalmente, no período de pesca aberta, as aulas são adaptadas à presença ou ausência dos pescadores e como tais presenças n
Turma de alunos do Barco de Letras na Colônia de Pescadores Z-5 (Foto: Janete Correa)

Na comunidade de Salobra, distante cerca de 15 quilômetros da área urbana de Miranda, as aulas regulares do Barco de Letras também foram retomadas. (Foto: Janete Correa)
ão coincidem, as aulas são ministradas quase que individualmente pela alfabetizadora e coordenadora do projeto, Janete Correa. Nesta época de pesca autorizada os alunos chegam a levar tarefas para fazerem no intervalo entre uma pesca e outra e trazem para a professora acompanhar.

Mas o período de defeso, com a presença de todos, é época de intensificar o aprendizado.
O Barco de Letras possui duas turmas: uma em Salobra (comunidade ribeirinha que fica acerca de 15 km da área urbana de Miranda) e outra na dentro da zona urbana da cidade, na Colônia de Pescadores Z-5, às margens do Rio Miranda.



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