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TEM MUITA GENTE QUE PERGUNTA: MAS O QUE VOCÊS FAZEM MESMO?


 


Pois é, neste início de 2022, então, a gente decidiu conversar sobre isso com vocês: informações básicas sobre quem somos, onde estamos,  o que fazemos, enfim.

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Tira suas dúvidas aqui:

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QUEM SOMOS?

O Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) é uma associação civil de direito privado, de caráter cultural, educacional e sócio ambiental, sem fins lucrativos.

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Nossa missão é promover o exercício da cidadania e defesa dos direitos humanos, em especial das comunidades tradicionais, nas perspectivas cultural, social e ambiental, visando uma sociedade justa e solidária.

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ONDE ESTAMOS

Nossa sede administrativa fica no município de Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul (MS), a 210 quilômetros de Campo Grande, capital de MS. Miranda tem 28.013 habitantes (estimativas do IBGE para 2019), é ultima cidade antes da Corumbá, na divisa do Brasil com a Bolívia.

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O Pantanal é a maior planície alagável do mundo, com 250km² abrangendo Bolívia, Brasil e Paraguai.

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A Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) reconheceu o Pantanal como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. Com um bioma que abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, o Pantanal é um dos principais destinos mundiais de ecoturismo.

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Miranda é homônimo ao rio que a banha, o Rio Miranda, um mais importantes do Pantanal e conhecido nacionalmente pelo potencial piscoso.

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Mato Grosso do Sul tem a segunda maior concentração de indígenas no Brasil. Segundo dados do Censo IBGE 2010 os indígenas de MS somavam 73295 indivíduos autodeclarados o que equivale a 9% da população indígena brasileira. São oito etnias presentes em MS: Atikum, Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva, Guató, Kadiwéu, Kiniquinau, Ofaié e Terena.

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O Ipedi desenvolve ações junto a todas as etnias, em especial a terena, povo que vive no município em que estamos sediados.

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Miranda tem a maior concentração de índios terena do Brasil. Dados de 2020 da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) apontam que são8793 indivíduos indivíduos vivendo em oito aldeias legalmente demarcadas: Moreira (1319), Passarinho (1467), Babaçú (760), Argola (773) , Morrinho (409), Lagoinha (198) e Lalima (1728). Há ainda a comunidade Mãe Terra, com 360 indivíduos, numa terra em processo de demarcação.

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O idioma falado por estes indígenas, o terena, está em vias de ser extinto. A Unesco criou uma classificação de avalia os níveis de vitalidade da língua, numa gradação que vai do 01 (grau a salvo) até o 06 (grau de extinção da língua). Segundo esta classificação, a língua terena está no nível 04 (grau de língua seriamente em perigo). O desaparecimento da língua pode significar a extinção de saberes tradicionais que definem a identidade o povo indígena terena.

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O QUE FAZEMOS

O Ipedi tem as seguintes finalidades:

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1 - Promover ações de pesquisa, formação e educação voltadas aos povos indígenas e comunidades tradicionais ou em situação de vulnerabilidade;

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2 - Promover ações de valorização e difusão da diversidade cultural;

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3 - Promover ações de acompanhamento e aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas aos povos indígenas e comunidades tradicionais ou em situação de vulnerabilidade;

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4 - Promover e divulgar, por qualquer meio, informações e conhecimentos produzidos por si ou por terceiros e correlatos as suas atividades;

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5 - Estimular a parceria e promover o diálogo entre os saberes tradicionais e conhecimentos científicos de diferentes segmentos sociais, participando junto a outras entidades, governamentais e não-governamentais, de atividades que visem interesses comuns.

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