O
antigo prédio, localizado às margens do Rio Paraguai, em Corumbá, na fronteira
do Brasil com a Bolívia, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, abrigava o moinho
de trigo de uma tradicional empresa do setor. Ladeado pelo casario tombado como
patrimônio histórico tudo ali naquele prédio relembra a história daquela
comunidade.
E
é ali, um local em que a história é celebrada, um novo tempo, novas histórias
estão sendo construídas. Estão sendo transformadas as vidas de mais de 200
crianças e adolescentes, brasileiros e bolivianos, que têm a oportunidade de
realizar seus sonhos. O velho moinho de trigo foi cedido pela empresa
proprietária e se transformou no Moinho Cultural Sul-Americano, uma instituição
social que oferece profissionalização em dança, música, atividades audiovisuais
e apoio escolar.
Para
potencializar os resultados deste trabalho já desenvolvido pelo Moinho
Cultural, , a equipe do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi)
iniciou o desenvolvimento de uma ação de capacitação educacional da equipe de
educadores da instituição corumbaense. Para acompanhar o projeto, o Ipedi
convidou as educadoras Silvia Tavares Farina e Cristina Tavares, do Instituto
de Apoio e Proteção a Pesquisa, Educação e Cultura (Iappec) – que tem entre outras experiências o
desenvolvimento de atividades educacionais junto a tribos africanas.
O
projeto é financiado pela ong Brazil Foundation, por meio do edital de Arranjos
Colaborativos que busca unir de modo colaborativo instituições que estejam
próximas geograficamente ou que tenham objetivos afins em suas missões
institucionais.
O
Ipedi está em Miranda, cidade a 200 quilômetros de Corumbá. “Para esta parceria
convidamos o Iappec com sede em Campo Grande. Nesta iniciativa, buscamos unir
nossos conhecimentos com o objetivo de apoiar as atividades educacionais do
Moinho, melhorando a atuação da instituição”, afirma Denise Silva, presidente
do Ipedi. “Ao mesmo tempo o Ipedi aplica sua experiência de desenvolvimento de
atividades interculturais, dessa vez no contexto da fronteira”, completa.
A
visita realizada em 30 de outubro propiciou diagnostico e contato das equipes
das instituições. Orientados pela diretora-executiva e uma das fundadoras do
Moinho, Márcia Rolon, o grupo conheceu cada uma das atividades e pôde verificar
de perto as práticas dos educadores.
“Preparamos, agora, com
apoio do Moinho, ações direcionadas a qualificar os educadores, ajudando a
melhorar o desempenho da equipe”, diz Silvia Tavares.
Da esq. p/a dir.: Cristina Tavares,
Silvia Tavares Farina (educadoras do Iappec);
Mônica Macedo (coordenadora de projetos do Moinho Cultural); Anderson Benites
(jornalista, do Ipedi).
As equipes do Ipedi, do Iappec e do Moinho Cultural com a Companhia de Dança do Pantanal, que tem à frente o mestre cubano de dança, Rolando Candia (primeiro à direita). |
As equipes acompanharam as aulas das diversas turmas de música. |
O espaço em que são
desenvolvidas as atividades do apoio escolar.
No Pavilhão América do Sul,
crianças de um dos turnos agradeceram a visita das equipes do Ipedi e do
Iappec.
O Moinho atende mais de 200
crianças e o trabalho do Ipedi/Iappec visa potencializar o trabalho educacional
da instituição.
Diagnóstico: as atividades
do projeto serão direcionadas a equipe de educadores do Moinho. Da esq. p/
dir.: Monica Macedo (coordenadora do Projetos do Moinho); Márcia Rolon
(diretora-executiva do Moinho); Cristina Tavares e Silvia Tavares Farina
(educadoras do Ipedi/Iappec).
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