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NA UFMS, IPEDI PARTICIPA DE ATIVIDADES DE PESQUISA E QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES

O Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural -IPEDI acompanhou, no início de novembro mais um Encontro com grupo de professores do Ensino Fundamental I da Escola Indígena Guilhermina da Silva localizada na Aldeia indígena Terena - Aldeinha em Anastácio com as acadêmicas do Núcleo de aprofundamento em Alfabetização do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/CPAQ. Os encontros ocorreram no cronograma do ações com a formação de professores alfabetizadores para escolas indígenas, coordenado pela Professora Dra. Ana Lúcia Gomes da Silva da UFMS/CPAQ. A presidente do Ipedi, Denise Silva, representou o instituto nos encontros. “A atividade foi realizada com vistas a ampliar as discussões sobre as melhores práticas para a alfabetização. Assim, buscamos experiências que possam qualificar a atuação dos professores em sala de aula”, explica Denise.
A Profª. Ana Lúcia tem desenvolvido estudos para auxiliar os professores formados e em formação com os desafios ainda a vencer na tarefa de alfabetizar. Buscar a interface com a escola, articulando a favor de uma prática interdisciplinar.

A diversidade na escola foi o tema da palestra ministrada pela presidente do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi), Denise Silva ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação Interdisciplinar de Professores/GEPFIP da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/CPAQ, que tem como dirigente a Profª Dra. Ana Lúcia. O grupo tem apresentado resultados significativos para a pesquisa nas áreas envolvidas, focalizando a formação interdisciplinar para uma cultura da diversidade e caracterizando um olhar mais cuidadoso no espaço escolar.
O IPEDI tem desenvolvido várias ações que focam na diversidade e na interculturalidade na educação e a experiência do instituto foi compartilhada com os pesquisadores. “É muito importante que a academia conheça e reconheça o trabalho que estamos realizando não apenas nas comunidades indígenas mas em diversos outros contextos atendidos pelo Ipedi. Assim conseguimos não apenas firmar parcerias para ampliar nossas ações como também melhorar nossa prática com a qualificação que só obtemos por meio de pesquisadores das universidades. É a união da teoria com a prática que objetiva um resultado: a qualidade na educação para as comunidades do Pantanal”, explica Denise.


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