“Você
é meu irmão” dizia uma das frases da canção entoada pelos pequenos indiozinhos
vestidos e pintados para a ocasião especial em que carregavam, orgulhosamente,
uma faixa com a inscrição, em terena: “Yahikapunenoe”. Em português, algo como
“sejam bem-vindos”.
As
roupas, a pintura, o canto, a faixa foram especialmente preparados, diz a
professora indígena Marlene Rodrigues, “para demonstrar nossa gratidão e
carinho à Brazil Foundation”.
Assim
a vice-presidente e diretora de Relações Institucionais da Brazil Foundation
(BF), Mônica de Roure foi recebida na aldeia indígena terena Babaçú, no
município de Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
Acompanhada
de parceiros patrocinadores da BF, Mônica esteve em Miranda para apresentar o
trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Ipedi (Instituto de Pesquisa da
Diversidade Intercultural) na região.
A
visita à aldeia Babaçú foi um dos pontos da visita. O Ipedi também levou o
grupo de visitantes para conhecer ainda a Colônia de Pescadores Z-5, que sedia
uma das turmas do projeto Barco de Letras (que oferece alfabetização a
pescadores ribeirinhos); para a comunidade de Salobra aonde ocorrem as aulas de
outra turma do mesmo projeto e à aldeia indígena Passarinho, em que jovens indígenas
participam de projetos focados na revitalização da cultura e fortalecimento da
identidade indígena.
“Pra
nós é sempre uma alegria recebermos a Brazil Foundation, nossa principal
parceira para realização de nossos projetos. Poder coloca-los em contato com
todas as pessoas envolvidas, realizadores e beneficiários das atividades que
desenvolvemos é uma forma clara de agradecermos e, ao mesmo tempo demonstrarmos
o quanto esta mão amiga estendida da Brazil Foundation para o Ipedi é
importante não apenas para nossa organização, mas para todas as comunidades com
as quais trabalhamos”, afirma a presidente do Ipedi, Denise Silva.
QUER
SABER MAIS?
Veja
com mais detalhes como foi a visita da BF à Miranda
BARCO
DE LETRAS
Numa
visita de um dia, o grupo esteve na Colônia de Pescadores Z-5 para conhecer o
local em que acontecem as aulas de uma das turmas do projeto Barco de Letras,
que oferece alfabetização a pescadores ribeirinhos. Na Colônia, conheceram
Janete Correa, que coordena o Barco de Letras é e alfabetizadora do projeto. “É
um trabalho muito importante esse que realizamos com o apoio do Ipedi”, disse
Janete.
Na
comunidade de Salobra, a 15 quilômetros da área urbana de Miranda, os
visitantes estiveram com a outra turma de alunos do Barco de Letras. Ouviram depoimentos
sobre a importância do projeto e do apoio da Brazil Foundation para as
atividades de alfabetização, conheceram as histórias de vida de alguns dos
próprios beneficiários do projeto que fizeram questão de dispor de seu tempo
para conversar com os visitantes.
COMUNIDADES INDÍGENAS
As
visitas prosseguiram e chegando à aldeia indígena terena Passarinho, aonde a
equipe da Brazil Foundation pôde conhecer o trabalho desenvolvido pela
professora indígena Evanilda Rodrigues que, com mentoria do Ipedi, realiza
atividades de revitalização da cultura indígena principalmente com crianças. O
grupo da BF viu parte do artesanato produzido pelas crianças do projeto Tramas,
uma iniciativa comunitária que foi patrocinada pela Brazil Foundation e que,
além de ensinar o artesanato indígena terena garante o ensino da dança indígena
feminina para um grupo de meninas.
Trabalho
semelhante, mas em outra localidade, agora a aldeia indígena terena Babaçú, foi
outro momento de visita. A Babaçú fica acerca de 12 quilômetros do centro
urbano de Miranda. Lá, o projeto Sons da Aldeia, coordenado pela professora
indígena terena Marlene Rodrigues foi o responsável pela recepção aos
visitantes.
Além
de ouvir depoimentos de lideranças indígenas locais e de professores sobre o
trabalho de resgate da língua, o grupo da Brazil Foundation recebeu presentes e
ainda ouviu uma apresentação musical das crianças da escola local.
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Na Colônia de
Pescadores o grupo foi recebido pela alfabetizadora do projeto Barco de Letras,
Janete Correa. É um trabalho muito importante esse que realizamos com o apoio
do Ipedi”, disse Janete.
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Em Salobra, beneficiários do projeto Barco de Letras (alfabetização de pescadores ribeirinhos) se encontraram com o grupo da BF para relatar a experiência que vivem no projeto. |
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Na aldeia Passarinho, a professora indígena terena Evanilda Rodrigues e crianças dos projetos de revitalização da cultura indígena falaram sobre o trabalho que realizam em parceria com o Ipedi. |
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Crianças da aldeia Babaçú receberam
os visitantes, cantaram e distribuíram presentes
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