A Oca Cultural Professor Nilo
Delfino completou um ano de atividades no início de março. O espaço foi
construído pelo projeto Sons da Aldeia, da aldeia Babaçú, uma iniciativa
comunitária que oferece atividades de resgate da cultura indígena terena. O
Sons da Aldeia tem mentoria do Instituto de Pesquisa da Diversidade
Intercultural (Ipedi) e é patrocinado pela associação Brazil Foundation, por
meio do Prêmio de Inovação Comunitária – Outra Parada, e funciona desde 2016.
A oca surgiu quando as atividades
do Sons da Aldeia passaram a necessitar de um espaço estruturado. Assim, sob a
orientação do Ipedi, a equipe do Sons da Aldeia inscreveu-se no concurso de
cultura indígena do Ministério da Cultura (MinC), foi premiada e contemplada
com recursos que garantiram a aquisição do material de construção. A mão de obra
foi voluntária, de moradores da própria aldeia.
No espaço são desenvolvidas
atividades educacionais, com estudantes e professores da escola, além de
reuniões e encontros comunitários, como os que ocorrem tradicionalmente no Dia
do Índio, em 19 de abril.
Além de abrigar eventos o a Oca
iniciou a implantação de um acervo de material referente à cultura indígena terena.
São instrumentos musicais típicos, artesanato, documentos, fotos. Um dos mais
importantes itens do acervo é um manual em que está sistematizado o modo de
fazer instrumentos musicais tipicamente terenas, utilizados pra as danças e
momentos comemorativos daquela comunidade. Muitos dos procedimentos indicados
naquele manual são conhecimentos tradicionais que corriam o risco de se
perderem.
“A ocupação deste espaço pela
comunidade demonstra a importância da Oca. Foram realizados cursos, reuniões
comunitárias e recepções de visitantes. Mas o mais importante é a construção do
acervo cultural. A ideia é que a Oca sirva de fonte de pesquisa sobre
informações, dados históricos dos terenas”, diz a presidente do Ipedi, doutora
Denise Silva.
Nas fotos, um pouco da historia
que a Oca está construindo:
O espaço foi inaugurado no final de março de 2016. |
Nesta imagem, o registro da dança
realizada por alunas da escola local, no encerramento das atividades 2017 da
iniciativa Sons da Aldeia.
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Aqui, educadores da aldeia,
recebem certificados do Ipedi, por oficina de capacitação.
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Na Oca Cultural acontecem aulas em que os estudantes, no contraturno, aprendem, entre outras coisas, a confeccionar artesanato terena. |
O arquiteto Marcelo Rosembaun, que está desenvolvendo projeto na região de Miranda, visitou a Oca e assistiu apresentação de dança típica. |
Bartolino José Rodrigues é acadêmico de história e já utilizou a Oca como apoio para suas pesquisas. Mais: Bartolino foi um dos voluntários na mão de obra que construiu a Oca. |
A oca sediou o encontro entre os
terenas e os apiakás – estes últimos vieram em busca de aprender como o Ipedi e
parceiros desenvolvem atividades educacionais para resgate da língua indígena.
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Confira matérias publicadas neste um ano da Oca Cultural Professor Nilo
Delfino:
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