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A educação escolar indígena é tema de discussão em congresso organizado pelo Ipedi


“A educação escolar indígena” foi o tema do painel que reuniu pesquisadores  da universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) durante o Congresso de Educação Escolar Indígena Rede Kalivono, realizado em Miranda, MS, de 01 a 03 de junho.
Para o pesquisador vinculado à UFGD, Aldryn Cleyde da Cunha, o Congresso Rede Kalivono“é uma iniciativa brilhante, conseguiu atingir não só uma questão regional mas uma questão nacional movimentando vários pesquisadores de vários grupos. Fez com que a gente pudesse criar novas reflexões sobre as questões da educação escolar indígena”.
Conheça mais sobre os pesquisadores que participaram do painel, que teve mediação do doutorando em linguística pela UnB, Gabriel:

ALDRIN CLEYDE DA CUNHA
Professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na Faculdade Intercultural Indígena (FAIND). Doutor em Educação Matemática pela Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN), Mestre em Educação para as Ciências e o Ensino de Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Especialista em Prática Docente para o Ensino Superior e o Uso das Novas Tecnologias e Graduado em Matemática Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática e Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática, Etnomatemática, Educação Escolar Indígena, Formação de Professores e Representação Sociais.

CLAUDETE CAMESCHI DE SOUZA
Graduada em Pedagogia e Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul . Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atuou, até o final de 2014, na graduação em Licenciatura Intercultural Indígena Povos do Pantanal, no Câmpus de Aquidauana. Atua no curso de Letras da UFMS - campus de Três Lagoas, na Pós-Graduação strictu sensu (Mestrado e doutorado) em Letras UFMS, e, Pós-graduação strictu sensu (Mestrado profissional) PROFLETRAS/UFMS, Câmpus de Três Lagoas. Tem experiência na área de Educação e Letras, com ênfase em Linguistica Aplicada, Análise do Discurso, Educação Escolar Indigena, Estudos Culturais e História da Literatura Infantil e Ou Juvenil Brasileira. Coordenou, até o inicio de 2014, a Base de Pesquisa da Diversidade Étnica e Cultural -BEPC - e o Laboratório de Estudos interculturais Indígenas Povos do Pantanal-UFMS/CPAQ, trabalhou com Licenciatura Intercultural Indígena. Trabalha com ensino da língua materna, cultura e identidade (Análise do Discurso e Estudos Culturais), Linguística, leitura, educação, literatura e alfabetização. Participa dos Grupos de Pesquisa (CNPq): História do Ensino, Cultura e Constituição da identidade na Região de Aquidauana/UFMS; O Processo Identitário do Indígena de Mato Grosso do Sul: Análise Documental e Midiática da Luta pela Terra/UFMS; Formação de Professores de Línguas para Contextos Multiculturais e de Fronteiras/UEMS; Povos do Pantanal: aspectos linguísticos, discursivos, fronteiriços, culturais e identitários; Formação Interdisciplinar de Professores; Grupo Sul-Mato-Grossense de Estudos da Linguagem, discursos e identidades de crianças/adolescentes e adultos em situação de exclusão. Rede Latinoamericana (REDLAD) –UFMS.

CÁSSIO KNAPP
Possui graduação em História pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (2007). Mestrado em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (2011), com Doutorado pela mesma instituição (2016). Atualmente é Professor Assistente na Universidade Federal da Grande Dourados onde é professor do curso de graduação em Licenciatura Intercultural Teko Arandu voltado, especificamente, às comunidades Guarani e Kaiowá, sendo coordenador da área de Fundamentos de Educação do Curso. Tem atuado como assessor e consultor pedagógico em outros cursos de formação para professores indígenas. Desenvolve trabalhos nas seguintes áreas de pesquisa são: História da Educação Escolar Indígena no Brasil, Educação Escolar Indígena Específica e Diferenciada, Educação Intercultural, Politicas Linguísticas para comunidades indígenas, entre outras.
O Congresso
O evento ofereceu capacitação a professores indígenas da etnia terena, em Miranda, no início de junho. A ação foi realizada pelo Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural, com curadoria da professora indígena Maisa Antonio, coordenação da pós doutora em linguística Denise Silva e recursos do Ministério da Cultura.

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