Mulheres que inspiram – A PROFESSORA INDÍGENA QUE NÃO SE IDENTIFICAVA COM SUA CULTURA E QUE MUDOU ISSO TRANSFORMANDO A VIDA DE CRIANÇAS DE SUA COMUNIDADE
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Evanilda Rodrigues é professora indígena terena da aldeia Passarinho, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Foto: Luciano Justiniano |
Indígena terena, ela conta que demorou para reconhecer sua identidade étnica. Por ter vivido longo tempo fora da aldeia, distante de costumes e saberes tradicionais, tinha dificuldade em se reconhecer como indígena.
Sua historia mudou quando, num movimento de retorno, Evanilda tornou-se professora da escola de sua comunidade e participou do projeto Kalivono, realizado pelo Ipedi. No projeto, Evanilda discutiu seu papel de educadora, aprendeu a reconhecer os costumes de seu povo e a importância de que saberes tradicionais como a língua fossem revitalizados para fortalecer a identidade de crianças que, como ela própria, tinham dificuldade de sentirem-se parte de um povo.
Foi um processo de transformação. Hoje, Evanilda é outra mulher. Criou um grupo de dança indígena com meninas de sua aldeia. Por três anos consecutivos teve um projeto de resgate cultural aprovados e financiados pela organização Brazil Foundation, uma das mais importantes organizações financiadoras do terceiro setor no Brasil. Recentemente iniciou o Projeto Tramas, que ensina artesanato indígena a um grupo de crianças das aldeias Moreira e Passarinho, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Hoje, Evanilda integra organizações indígenas de extrema importância para seu povo. Já viajou para o exterior representando mulheres indígenas. Uma atividade que ela realiza com conhecimento de causa. Evanilda é uma mulher que se transformou e transforma, assim, a vida de sua comunidade. Temos orgulho de caminharmos ao seu lado, Evanilda.
E ao lado de todas as mulheres que você representa. Parabéns pelo Dia Internacional das Mulheres
- Nesta semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, trazemos historias de mulheres que ajudam a transformar suas comunidades e que fazem os projetos do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural, um organização que tem a alma feminina, porque nasceu do sonho de mulheres guerreiras.
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