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PRESIDENTE DO IPEDI É ACEITA PARA SEGUNDO PÓS-DOUTORADO

O trabalho do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi) é balizado por pesquisas acadêmicas importantes na área de educação. A organização realiza projetos com a parceria de universidades de várias regiões do país, fazendo a aplicação do conhecimento produzido na academia em projetos que melhoram a educação em comunidades do Pantanal.

Mais uma importante conquista aconteceu neste sentido: a presidente do Ipedi  Denise Silva foi aceita para o seu segundo pós-doutoramento. Denise, que já é pós-doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) foi, agora, aceita para pós-doutorado em Sociolinguística pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems). O orientador do trabalho de Denise é o professor doutor Antonio Carlos Santana de Souza, que, entre outros postos acadêmicos, é pesquisador do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da USP (Universidade de São Paulo).

“Esta é uma conquista do Ipedi. Com isso estaremos mais próximos das principais instituições de pesquisa do país, num processo que é muito importante para melhorar nossos projetos, aplicando todo o conhecimento da academia em ações práticas que ajudam a melhorar a vida da comunidade”, afirma Denise.

Denise é exemplo do poder transformados da educação em que o Ipedi acredita. Ela nasceu em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde residia na área rural e, como tantas crianças da região, para frequentar a escola precisou enfrentar a rotina cansativa do transporte escolar rural.
Formou-se pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Pedagogia, iniciando uma carreira que mescla pesquisa e pioneirismo na criação de uma organização do terceiro setor, o Ipedi.
“Sou a prova de que, com o apoio correto, podemos fomentar a criação de importantes pesquisadores na região do Pantanal, que podem fazer a diferença na construção do futuro da região”, afirma Denise.


Denise: a menina pantaneira que virou doutora, segue para seu segundo pós-doutoramento e lidera organização que desenvolve projetos de educação em comunidades do Pantanal. Foto: Gabriel Gabino

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